terça-feira, 26 de julho de 2011

QUANDO O POUCO SIGNIFICA MUITO - Keith Green

Não se engane. Quando começamos a obedecer a Deus, precisamos fazer mudanças radicais no nosso estilo de vida. Recentemente, Deus começou a tratar comigo acerca de uma área específica da minha vida. Isso realmente me impactou. Eu e Melody costumávamos sair muito para comer fora. Mas Deus nos convenceu de que não deveríamos comer fora tão frequentemente. Se possível, comeríamos em casa. Assim, começamos a fazer comida em casa, que nos custava um terço do que custava para comer em um restaurante.

Naturalmente, é muito melhor ter alguém para cozinhar, servir a comida e lavar os pratos. Mas fomos convencidos de que era um desperdício do dinheiro de Deus, pagar para que alguém fizesse o que nós mesmos podíamos fazer facilmente. Agora, o dinheiro que economizamos comendo em casa é dado aos pobres. É algo tão insignificante, mas procede de corações transformados.

Qualquer um pode pedir a Deus para mostrar como fazer coisas semelhantes. Deus procura pessoas que coloquem a si mesmas e seus recursos no altar para que Ele as use. Não apenas as sobras, mas as primícias.

Jesus repreendeu os fariseus por darem apenas o que lhes sobrava. Desse jeito, era fácil dar. Ele via esses sujeitos muitos zelosos dando o equivalente a mil dólares para o tesouro do templo. Então veio uma viúva e colocou dois centavos na caixinha. Parece ínfimo, certo? Mas Jesus disse:
"Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento (Mc. 12:43,44)".

À luz da oferta da viúva, a atitude dos fariseus é como a pessoa que não precisa de algo - por exemplo, uma blusa de frio - e resolve dá-la. A pessoa que precisa da blusa recebe e diz "glória a Deus!" e quem deu acha que está dando generosamente e obedecendo a Bíblia. Mas a verdade é que deu algo que estava pronto para jogar fora. Doamos apenas para liberar espaço para guardar o casaco de arminho que compramos. Isso não é sacrifício, e não é o estilo de vida que Jesus deseja que vivamos. Ele deseja usar tudo o que confiou a nós. Nossa generosidade mostra que toda a nossa vida está nas Suas mãos, e que nossa fé não é vã
É fácil dar mais do que um homem rico: basta dar de coração. Jesus não olha para a quantidade que damos, mas olha para o quanto nos custa para darmos - quanto nos custa abrir mão de algo para ministrar aos outros. Jesus estava falando de sacrifício.

(Extraído de "Se Você Ama o Senhor", Keith Green. pp.195,196. Ed. ABU)


sexta-feira, 22 de julho de 2011

POR ONDE COMEÇAM GRANDES MUDANÇAS?

“Mudança” é uma palavra que incomoda, uma atitude que desafia e, certamente, um procedimento constantemente necessário na vida de todas as pessoas, até mesmo no contexto das instituições.

As coisas não estão como deveriam estar!” Já ouviu ou falou isto alguma vez? Tenho certeza que sim. De fato, esta é uma constatação social geral desde há muito tempo. No entanto, a boa notícia é que ninguém precisa se entregar ao fatalismo e cooperar com situações caóticas: há sempre a possibilidade de mudar!
O estilo de vida da nossa sociedade marcado por individualismo, consumismo e, consequentemente, materialismo, tem tornado a vida de todos num verdadeiro pandemônio causando estresse, depressão, esgotamento, obesidade, fragmentações familiares – dentre outras coisas – a todo tipo de pessoas, de todas as classes sociais, mesmo no ambiente da igreja. “Não é certo que as coisas sejam assim!” É hora de mudança: é tempo de despertar!
"Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo" (Leon Tolstoy)
Sim! Mas, historicamente, as grandes mudanças não começaram com multidões, mas pequenos grupos de pessoas. Aliás, na maioria das vezes, começaram com indivíduos dispostor a mudar e a gerar mudanças em grupos, sistemas e na sociedade. Um indivíduo é muito mais do que apenas ele. Há sempre outros envolvidos e conectados na história de cada um. Cada pessoa pode se tornar um agente, ou instrumento, de grandes transformações sociais a partir de mudanças de atitudes em si e em seu círculo relacional: família, parentes, amigos, colegas etc.

É à luz dessa realidade que queremos fomentar um movimento de mudança social. Estamos lançando desafios práticos que comecem a ser adotados a partir de nossa comunidade local e possam, ao longo dos dias, semanas e meses pela frente, tocar o estilo de vida de todos com quem convivemos ou viermos a conviver.

Temos refletido nas últimas semanas sobre os votos cristãos de uma vida consagrada a Deus. No entanto, a reflexão só fará sentido se for uma dinâmica facilitadora da ação do Reino, ou seja, se promover transformações relevantes na vida das pessoas para o bem estar de todos: dentro e fora da igreja.

Assim, neste domingo (às 10h da manhã) estaremos refletindo sobre “o voto da simplicidade”, e o faremos à luz dos princípios e exemplos de Jesus. Trata-se de algo que propõe servir de cura e libertação para esse estilo de vida que tem trazido mais enfermidade do que saúde e benefícios às pessoas. Porém, o alvo da reflexão é a atitude prática que será proposta ao final da mesma: uma semana transformadora a partir de ações simples e revolucionárias. Serão, é claro,  sementes lançadas que produzirão frutos de mudanças, e de “boa” vida.

O que será feito? Isso é o que será compartilhado ali… na reunião da igreja, naquele precioso momento.
Então, se você deseja começar a mudar o seu estilo de vida e a ajudar outros a mudar e a promover um estilo de vida mais simples, generoso e revolucionário, esteja conosco na celebração deste domingo.

Grandes mudanças poderão começar a acontecer a partir de você!

Não se deixe amoldar por este mundo, mas transforme-se pela renovação da sua mente” Rm. 12:2

Paz e muita alegria a todos e… até lá!

Celso Tavares

quarta-feira, 13 de julho de 2011

AONDE VOCÊ DESEJA CHEGAR? ESCOLHA UMA PORTA E.. ENTRE!

"A humildade precede a honra.
O orgulho precede a queda."
Eis aí dois princípios bíblicos: um diz respeito à humildade e o seu fruto, e o outro a respeito do orgulho(arrogância) e suas consequências. Os fatos da vida os confirmam e “contra fatos não há argumentos”, não é mesmo?

Acho bastante interessante dar uma pensada nisto a partir da observação de alguns personagens bíblicos. Veja bem…
José… na humildade –e até no sofrimento – alcançou proeminência e foi colocado em posição de poder.
Moisés… na submissão – e até humilhação – descobriu o caminho da liderança e da exaltação, e Josué, seu discípulo, aprendeu a trilhar o mesmo caminho e alcançou notoriedade diante de Deus e dos homens.
Saul… pelo seu orgulho e autosuficiência experimentou o gosto da “desgraça”.
Davi… na sua humildade foi elevado a Rei, e na sua sujeição tornou-se um homem segundo o coração de Deus.
Salomão… na humildade conheceu a honra, mas ao ceder ao orgulho vivenciou a queda e a loucura.
Hamã… o seu orgulho, adquiriu status que o conduziu à forca dos covardes e manipuladores.
Ester… na humildade, submeteu-se à orientação de Deus por meio de Mordecai e veio a ser instrumento de libertação de um povo.
Daniel…  com toda a sua juventude, optou pela humildade e tornou-se sábio e profeta da revelação dos mistérios de Deus.
Jeremias… na humilde confiança em Deus tornou-se o mensageiro da restauração de Judá.
Isaías… na obediência humilde e pública tornou-se o profeta da salvação.
Oséias… na sua sujeição veio a ser o proclamador encarnado da compaixão de Deus.
… enquanto cedia ao orgulho discutia com Deus e experimentou a angústia de sua pequenez e finitude. Mas, ao humilhar-se conheceu a prosperidade que procede de Deus.
João Batista… em sua humildade foi reconhecido como “o maior” dentre os nascidos de mulher.
Herodes (dos dias de João Batista)… por seu orgulho experimentou o aprodrecimento do corpo e da alma.
Nicodemos… apesar do seu status social, optou pela humildade ao ir ao encontro de Jesus. Acabou por descobrir o novo nascimento, para a vida eternal.
Judas Iscariotes… na opção pelo orgulho, vendeu o amigo e a própria alma, e não suportou o juízo da própria consciência.
Simão Pedro… pela humildade, chorou o choro do arrependimento e tornou-se um pastor comissionado por Jesus para cuidar do Seu rebanho, e ainda veio a ser considerado “coluna” da igreja de Cristo.
Ananias e sua mulher, Safira… por orgulho – fruto da inveja – amargaram o juízo de Deus e a própria morte.
Paulo… ao abrir mão do orgulho social, politico e religioso, tornou-se um humilde discípulo de Jesus, e daí foi transformado no apóstolo de Deus para todas as nações.

Por orgulho, Israel – o povo - desobedeceu ao chamado para ser testemunha do Reino de Deus às nações, e por isso foi enviado para o “banco de reservas”.
Na humildade e submissão nasceu a Igreja, estabelecida para ser o Corpo de Cristo. Por isso foi colocada – nEle – nas regiões espirituais, acima de principados e potestades.

No seu orgulho, Satanás foi permanentemente excluído do Céu, do gozo da glória de Deus, e condenado às trevas até que venha o seu fim: é o inimigo de Deus!

Em total humildade, Jesus – Jeová Filho – tornou-se homem, fez-se servo de todos, em tudo foi obediente a Deus. Por isso Deus o exaltou e concedeu-lhe o Nome que está acima de todo nome e o fez Rei dos reis e Senhor dos senhores. Diante dele todo joelho se dobrará na terra e nos céus.

Encontramo-nos, todos os dias, diante de uma verdadeira “encruzilhada” ao longo dos caminhos da vida: um caminho tem como a porta de entrada o “orgulho”, e quem entrar por ele encontrará, mais cedo ou mais tarde, a ruína, a queda. O outro caminho tem a “humildade” como porta de entrada, e quem por ela passar, no momento apropriado, encontrará a honra, a devida prosperidade segundo Deus. Assim, é importante considerar aonde se deseja chegar e optar pela porta apropriada.

Numa sociedade individualista, materialista e imediatista, infelizmente, são poucos os que tem a coragem de optar pelos caminhos da humildade. No afà de conquistar aplausos, fama, riqueza, notoriedade e poder, muitos acabam por entregarem-se a sedução sutil e interior do orgulho e da autosuficiência. Alimentam-se de banquetes ilusórios e nada satisfatórios para sua subsistência, nem tampouco duradouros.

Certamente sofrimento, angústias, crises, quebrantamento e abnegação serão etapas inevitáveis desta jornada. No entanto, este é o caminho do sucesso segundo Deus. Essa é a trilha da virtude cristã. É por esta porta que passam os que seguem a justiça do Reino de Deus. Esse é o caminho dos bem-aventurados, aqueles “mais que felizes” nas palavras de Jesus. Essa é a condição para quem deseja experimentar a vida abundante norteada por fé, esperança e amor.

Então, aqui estamos nós… Ali está a encruzilhada… Estamos diante destas duas possibilidades… Só podemos passar por uma porta. Só nos basta escolher, entrar… e caminhar.

Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus,
para que ele os exalte no tempo devido!” (I Pe. 5:6)

Feliz jornada!
Paz e muita alegria!

Celso Tavares
celtav@gmail.com
  

terça-feira, 5 de julho de 2011

COERÊNCIA: SENTIDO ÚNICO

"Andemos de acordo com o que já alcançamos!" Fp. 3:16

Algumas pessoas gostam de aprovar, ou reprovar, pastores e pregadores com frases do tipo: "Ele prega o que vive", ou "Ele não vive o que prega". Isso é interessante, mas, cá entre nós, é uma boa maneira de transferir a responsabilidade da coerência cristã. De fato, ninguém é chamado para pregar o que vive, mas "viver o que crê". São os valores que o indivíduo vivencia que demonstra de fato a sua o que ele crê. E esse chamado não está resumido a pastores, ou pregadores. É claro que um pregador tem uma responsabilidade imensa por cada palavra que profere, mas... sejamos sinceros: de púlpito(ao vivo ou não), por telefone, mensagens de texto ou virtuais (emails, facebook, twitter etc.), temos sido todos pregadores, não é mesmo? 

É muito triste ver como conseguimos tornar a dinâmica transformadora da Palavra de Deus em algo tão sem eficácia em nossas vidas práticas! O excesso de familiaridade dos "crentes" com a Bíblia e a mentalidade relativista de nossa sociedade pós-moderna tem contribuído para que nos contentemos com um estilo de vida superficial e até medíocre que em quase nada faz lembrar a vida de Jesus e dos apóstolos. É incoerência demais... Mas, tudo continua sendo feito em nome de Deus!

Os "crentes" (os que crêem conforme a fé cristã: católicos, protestantes, pentecostais etc.) deveriam ser os que mais crêem (i.e., tem capacidade extraordinária de confiar e esperar). No entanto, apresentam-se, generalizadamente, como pessoas extremamente imediatistas e precipitadas: desconhecem a virtude da esperança. A grande maioria confunde fé com pensamento positivo do qual espera-se que faça materializar respostas instantâneas. Quando não há esperança, há desespero - mesmo que travestido de piedade estereotipada. 

As relações entre os membros da Igreja (diferentes, mas membros do mesmo Corpo de Cristo), deveriam ser marcadas por submissão mútua, serviço, compaixão, perdão e amor. No entanto, o que prevalece são relacionamentos marcados por egoísmo, barganhas e oportunismo: não estou pressupondo, estou afirmando por conhecimento de causa vivendo no entre os mais diferentes meios "cristãos"(conservadores, carismáticos, pentecostais, paraeclesiásticos etc), dentro e fora do país. Via de regra, os relacionamentos não se firmam como grandes amizades (Ah, quem dera!), mas como companheirismos de "clubes". Na primeira divergência, as relações são - literalmente - cortadas e parte-se em busca do que tiver a melhor oferta para o ego dos futuros sócios. Isso, sem falar nas brigas tolas entre líderes que disputam fama e multidões, ou, pior, os que caluniam outros líderes pelas costas junto aos seus rebanhos manipulados e desprovidos de senso crítico.  Como diria Casoy: "Isso é uma vergonha!"

Faz parte da Confissão de Fé de grande parte dos evangélicos a declaração de que "a Bíblia é a única regra de fé e prática". Mas, infelizmente, faz parte dos frutos visíveis de muitos que declaram isso o estilo de vida incoerente com tal princípio. A Bíblia ora é objeto de estudo, ora é objeto de exposição discursiva; ora é talismã, ora é objeto de veneração. É realmente muito bom ler as Escrituras e ouvir pregações sensatas e equilibradas. No entanto, para quem crê que a Bíblia é a Palavra de Deus (este é o meu caso), ela é o instrumento da voz de Deus. Se formos à Bíblia e não escutarmos a voz de Deus, teremos apenas feito um exercício intelectual, sem impacto espiritual e existencial. Mas, se ouvirmos a voz de Deus... ah, se isso acontecer... não tenho dúvidas de que as nossas vidas serão transformadas e, de alguma forma, seremos instrumentos para a transformação de outros: não instrumentos para movimentação proselitista (que fazem adeptos de uma religião mudarem para outra). Afinal, se ouvirmos a voz de Deus, certamente, viveremos humildes em obediência radical. 

Mas o universo religioso que se desenha tem se contraposto ao espírito da obediência radical: é um mundo dos que se exibem, reivindicam, determinam, quebrantam-se apenas movidos por músicas, disputam os mais altos cargos das organizações/denominações cristãs com as mesmas aspirações políticas que envergonham a sociedade. Já não há mais, no geral, disposição para submissão, mas anseio pelas vitrines das "autoridades" abusivas, que a ninguém prestam contas.

Meus amigos, nós sabemos muito e a respeito de muitas coisas. Mas a quem queremos impressionar? Ou melhor, que tipo de fruto querermos colher, se é que somos nós quem deve colhê-los? Pensemos:
  • A Bíblia é a Palavra de Deus que está ao nosso alcance diariamente: há algo que nos impeça de observá-la e praticá-la? Em qual circunstância gostaríamos de saber a vontade de Deus? Eis a dica para todos nós.
  • A adoração é um estilo de vida de total e intensa devoção a Jesus. Nenhuma liturgia (músicas, danças, cd, etc.) ou reunião (culto, conferência, congresso etc.) pode resumir a realidade dessa condição interior.
  • Comunhão jamais foi - e jamais será - retratada por classes, cultos, reuniões ministeriais e programas. Comunhão é uma identificação comunitária onde há partilha e generosidade. Isso só acontece onde há profundidade relacional além das reuniões formais da igreja. 
  • Discipulado é o processo de seguimento - imitação - radical de Jesus. Não há como limitá-lo a reuniões, estudos bíblicos ou pregações. É um vínculo de serviço ao Rei do Reino. Ninguém vivencia discipulado sozinho, e muito menos fora de um contexto de formação comunitária local (igreja).
  • Compaixão é um procedimento exterior fruto de uma atitude interior que se move no sentido de promover o bem estar do outro ao sentir-se identificado com a dor e o sofrimento alheios. Não há a menor necessidade de se departamentalizar essa iniciativa. Aliás, quando isso acontece, o gesto se institucionaliza e está prestes a morrer. Quem é compassivo não precisa anunciar que vai fazer e nem divulgar o que fez: apenas age e socorre. Você e eu podemos ser assim em qualquer lugar, não é verdade?
  • O poder do Espírito Santo é a moção intensa da vida de Deus em nosso interior e deve ser conseguido e cultivado numa relação íntima e consistente com o Senhor. Jamais será uma "herança transferida" por pregadores (isso é aberração antibíblica!). No entanto, quando tal poder procede de Deus, ele se manifesta naturalmente em meio às circunstâncias onde há necessidades, e não no contexto de espetáculos para os espectadores religiosos. Bom, pelo menos isso é o que exemplifica Jesus e o contexto das Escrituras. É claro que pode ocorrer na evangelização. Porém, se formos honestos, veremos que Jesus evangelizava intensamente nas ruas e não necessariamente dentro do templo. Não é ele o nosso referencial (I Cor. 3:11)?
  • A justiça é marca essencial da presença do Reino e, consequentemente, da presença profética dos discípulos de Jesus (Mt. 6:33). Mas justiça nada tem a ver com parcialidade institucional. Justiça não é legalismo denominacional. Justiça é a atitude coerente que confronta as manifestações do pecado e da maldade em toda forma de estrutura: social, política, econômica, cultural e religiosa. 
  • A Igreja é o Corpo de discípulos de Jesus. É a Sua família... Aliás, deve ser a nossa família. Laços familiares são profundos e eternos. Nenhuma família - sólida e equilibrada - consegue sobreviver de estudos, formalidades, ritos, reuniões etc... As relações devem ser interpessoais (entre pessoas; relação de cooperação etc.) ou, como a chamam alguns: "vida-na-vida". Para desenvolver esse tipo de relacionamento na prática é preciso honrar - ainda que sacrificialmente - o "pacto de sangue" feito a partir de Jesus. Ele comprou pessoas de todas as raças, povos, línguas e nações, e as transformou em uma família. Quem não convive intensamente com a comunidade local, pode até fazer a tal "obra" em nome de Deus, mas, dificilmente, sabe o que é pertencer à Ele. O desejo dEle, como bem sabemos, é que, antes de fazermos qualquer coisa em Seu nome, sejamos totalmente dele e uns dos outros. Daí procede a vida e o ministério (Sl. 133).
Bem, acho que posso dar uma pausa nessa reflexão por aqui. Há muito ainda o que pensarmos juntos. No entanto, o objetivo não é o muito saber, mas praticar o bastante. Esse é o caminho, andemos por ele: o caminho da coerência deve ser o sentido único da nossa caminhada cristã por aqui, enquanto ainda temos tempo para isso. 

Então, que os nossos corações possam se unir na angústia, no clamor, na cooperação, na oração, no serviço, no amor e na coerência.

Paz e alegria!

"Sejam praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos" Tg. 1:22

Celso Tavares