terça-feira, 21 de junho de 2011

UM GRÃOZINHO DE AÇÚCAR... REFINADO!

Essa é a lição que foi compartilhada pelo ensino na celebração do último domingo: "Uma fé do tamanho de uma pedrinha de açúcar(refinado) é que precisamos para ver situações aparentemente impossíveis de serem mudadas sendo transformadas em verdadeiros milagres!"
Uma ilustração que inspirou a reflexão pode ser achada no livro "A Mensagem Secreta de Jesus" de Brian McLaren(pp.71-77), e penso que vale a pena deixar a imaginação voar e refletir nas possibilidade da lição:

Vamos supor que uma repórter de um noticiário de TV se aproxime de Jesus e lhe diga: "Jesus, ainda temos trinta segundos antes do intervalo comercial. Será que poderia nos dizer em poucas palavras qual é o conteúdo de sua mensagem?" O que ele diria?"

"Todas as pessoas precisam reconsiderar suas vidas individualmente e devem reconsiderar nossa cultura com um todo e imaginar um futuro ainda não imaginado para nosso mundo"- ele poderia dizer. "Porque o Reino de Deus está aqui. Pode contar com isso."

A repórter poderia dizer: "Ahn, bem, sim. E como exatamente você definiria o Reino de Deus? Temos quinze segundos."
Posso imaginar Jesus dizendo: "Bem, o Reino de Deus é como um homem que tinha dois filhos..." Mais algumas frases sobre a história, a repórter interrompe e corta para os comerciais. Jesus acabou de perder uma grande chance de fazer com que sua mensagem causasse uma profunda impressão. Longe das câmeras, a repórter está curiosa: "Você poderia terminar a história a respeito do homem e de seus dois filhos?" Jesus conta a história e se prepara para partir. Porém, a repórter, ainda curiosa, sugere que tomem uma xícara de café. Os dois se dirigem a uma cafeteria e retomam a conversa: "Permita-me perguntar mais uma vez - será que poderia definir isso que você chama de 'o Reino de Deus'?"

Jesus começa: "É como uma mulher que fazia pão." 
"Não", interrompe a repórter, "não quero saber com que se parece. Quero saber o que é."
Jesus sorri e diz: "Bem, o Reino de Deus é como um comerciante de café procurando pelos melhores grãos de café orgânico para negociar..."

...a nossa repórter imaginária - que, a despeito de ser uma contadora de histórias, continua resistindo às histórias de Jesus. "Perdoe-me por interromper, mas em outra oportunidade estarei mais interessada em ouvir a mais algumas de suas histórias. Mas será que não existe outra maneira de você me falar sobre o Reino de Deus que não seja através de hist..." - a repórter começa a tossir e não consegue completar a frase. "Desculpe, são estes cigarros", diz ela a seguir, apontando para uma caixa em sua bolsa. "Sou viciada em cigarros há anos e ultimamente tenho me preocupado... será que desenvolvi um câncer de pul..." - outra sessão de tosse. 

Imagine que Jesus se curva sobre a mesa e toca em seu braço. "Você gostaria de ser curada dessa tosse?", pergunta a ela.
"Eu gostaria de ser curada do meu vício da nicotina enquanto ainda estou viva com ele", ela responde com um sorriso, que é seguido por outro acesso de tosse.

"Isso pode ser resolvido", diz Jesus, perguntando a seguir: "Você crê que Deus pode curá-la?"
De repente a repórter fica séria: "Bem, suponho que sim. Eu creio que... você sabe, que é possível teoricamente. Mas minha fé é tão microscópica...", ela responde.

Jesus então lhe diz: "Tudo o que se precisa é de uma fé microscópica, do tamanho deste grão de açúcar aqui na mesa. Por isso a sua fé microscópica te curou." A repórter se dá conta de repente de que a ânsia por tossir e o impulso para fumar desapareceram por completo. Ela respira fundo e percebe que seus pulmões não se sentiam tão plenos e saudáveis há muitos anos. "Eis aí um fôlego do Reino de Deus", diz Jesus. Com um sorriso, se levanta, deixa algum dinheiro sobre a mesa e sai da cafeteria.

A repórter ergue-se às pressas e o alcança à porta. "O que acabou de acontecer comigo? O que foi isso tudo?" Jesus para na calçada, volta-se para a repórter e lhe diz: "Isso foi um sinal, uma maravilha. Por ser um sinal, representa a realidade e a natureza do Reino. Como uma maravilha, te deixa completamente maravilhada; faz você pensar; quebra todas as suas categorias sobre o que é possível ou impossível. É assim que o Reino é. O que impossível com a humanidade é possível com Deus."

Então, é isso. O que Deus deseja e espera de nós é que...
- Creiamos...
- Obedeçamos...
- Coloquemos a nossa fé - simples e genuína como é - em ação.

Paz e alegria!

Celso Tavares

terça-feira, 14 de junho de 2011

UMA BÊNÇÃO REAL COM UMA DEMANDA NADA VIRTUAL

"Todo mundo quer viver muuuito!.." De fato, o ser humano não foi criado para a morte, mas, segundo a Bíblia, para vida longa, longuíssima, eterna. E isso não seria graças à intervenções científicas ou cirúrgicas, não fosse o poder tão destrutivo do pecado(essa "realidade interior" que levou - e ainda leva - o ser humano a agir centrado em si - egocentricamente - resistindo a submeter-se à vontade e desígnios de seu Criador) que, após instaurar-se no coração humano, abriu as portas para a entrada do envelhecimento, do sofrimento e da morte no mundo. Essa vida eterna seria o natural, o perfeito. 

No entanto, mesmo com essa realidade caótica instaurada, Deus manteve o anseio pela longevidade no âmago do ser humano, e este continua buscando, de todas as formas, alguma maneira de alcançá-la - sobretudo no contexto religioso. 
"Deus... pôs no coração do homem o anseio pela eternidade;
mesmo assim ele não consegue compreender o que Deus fez." 
(Eclesiastes 3:11)

Vivemos uma geração "virtual". As duas últimas décadas foram reviradas pela transformação social provocada pelo mundo virtual, proporcionado pela internet, é claro. No entanto, por mais que isso facilite alguns tipos de relações e atividades, de maneira nenhuma substitui a essência relacional do ser humano: estar em contato "real" uns com os outros. 

Longevidade e comunhão, pelos princípios bíblicos, caminham de mãos dadas: "Como é bom e agradável quando o povo de Deus vive junto, em unidade... Ali o Senhor ordena a bênção da vida para sempre" (Salmos 133:1,3). Assim, a fé cristã, que tem como um de seus suportes a vida em comunhão, não pode ralear esse princípio sucumbindo-se ao que é proposto por essa "sociedade líquida"(usando aqui a terminologia do sociológo Zygmunt Bauman): promovendo relações virtuais, desprovidas de emoções, reconhecimento de caráter, de frutos de santidade e justiça, e de vida em comunidade visível e real.
O MITO DA COMUNHÃO VIRTUAL                                                        
Pensar que este universo virtual possibilite, ou facilite, a profundidade relacional entre as pessoas é, de fato, uma utopia ou, se preferir, um "mito". Parece-me que, nesse sentido, a reportagem da Revista Veja (Edição 2221, 15 de junho de 2011) sobre "Os 10 Mitos da Vida Longa" de Juliana Mariz, faz uma declaração acertada em seu mito número 7 (logo esse número hein?): "Pessoas Religiosas Vivem Mais". O texto da revista diz o seguinte: 
         "Na  'turma do Dr. Terman' havia católicos, luteranos e ateus. Pessoas pouco ou muito religiosas e com engajamento variável ao longo dos anos. Para Leslie e Friedman, rezar faz a diferença, mas não por motivos sagrados, que asseguram um lugar no céu. O que vale mesmo é ir à igreja, fazer parte da comunidade, estar com amigos. Ser religioso ajudou muitos dos personagens a romper os 90 anos - simplesmente porque, gregários, nunca pararam  de estimular as relações sociais. O sujeito que vê o culto na televisão, religiosamente, mas solitário, este não ganhará tempo extra na terra."

O termo "virtual", via de regra, pode ser traduzido por "algo que não existe como realidade, mas sim como potência ou faculdade; Uma simulação, o que nem sempre é verdade; Que não tem efeito atual". Há quem defenda a ideia de se usar em casos específicos, ao invés de "virtual", outros termos como "à distância" ou "remoto" para traduzir o sentido de virtualidade. Como se vê, o conceito de "superficialidade" está intrínseco nos conceitos descritos. 

Portanto, tenhamos não apenas o desejo de viver muito - nós e somente nós - mas, adotemos o cultivo sensato, verdadeiro e intenso da vida da igreja,  da comunhão, dos vínculos, do discipulado, da adoração, das amizades, da formação de líderes, do sentido de família etc.  Sejamos, à semelhança de Jesus, contracultura no sentido de promover a interação de coração, mente e alma - como o fizeram os primeiros discípulos, e não nos satisfaçamos com comunhões, ensinos e edificação (se é que exista!) virtuais. Não há exemplo algum de comunhão ou formação espiritual à distância na Bíblia: as distâncias eram sempre "encurtadas" pelos apóstolos/discípulos/missionários que eram enviados aos irmãos e irmãs em todos os lugares. A única palavra que Jesus enviou à distância foi para curar e libertar um indivíduo. Comunhão, discipulado, disciplina, avaliação, ensino e treinamento sempre foram ações "presenciais". Afinal, Cristianismo é "vida-na-vida"!

Nossas relações virtuais devem ser apenas acessórios circunstanciais para ajudar na sustentação de fundamentos onde e quando não houver mão de obra humana para servir... Caso contrário, são apenas rendição à superficialidade e ao vazio das vidas sociais e religiosas pós-modernas. Não é por acaso que, dentro e fora da igreja, a alma das pessoas tem berrado por verdadeiras amizades, expressões visíveis de compaixão e manifestações práticas e constantes de companheirismo. Se duvidar, pergunte a si mesmo que tipo de amizade você gostaria de ter e cultivar: virtual ou presencial? 


Então, no que depender de nós, caminhemos juntos, lado a lado, ao vivo e em cores, trilhando O Caminho, e espalhando as sementes da vida eterna por aqui e agora.


"Quão maravilhoso, quão belo, quando os irmãos e irmãs caminham juntos... É onde Deus comanda a bênção, ordena a vida eterna.
(Sl. 133:1,3 - Tradução da Bíblia "The Message" de Eugene Peterson)

Paz e alegria!

Celso Tavares

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"ÚLTIMA PALAVRA"

Esse vídeo foi postado na expectativa de que todos que o acessarem possam se sentir encorajados a caminhar, dia a dia, renovando suas experiências de encontros com Deus. Creio que a música esteja promovendo um momento de renovação da fé, da esperança e do amor.