"A humildade precede a honra.
O orgulho precede a queda."
Eis aí dois princípios bíblicos: um diz respeito à humildade e o seu fruto, e o outro a respeito do orgulho(arrogância) e suas consequências. Os fatos da vida os confirmam e “contra fatos não há argumentos”, não é mesmo?
Acho bastante interessante dar uma pensada nisto a partir da observação de alguns personagens bíblicos. Veja bem…
José… na humildade –e até no sofrimento – alcançou proeminência e foi colocado em posição de poder.
Moisés… na submissão – e até humilhação – descobriu o caminho da liderança e da exaltação, e Josué, seu discípulo, aprendeu a trilhar o mesmo caminho e alcançou notoriedade diante de Deus e dos homens.
Saul… pelo seu orgulho e autosuficiência experimentou o gosto da “desgraça”.
Davi… na sua humildade foi elevado a Rei, e na sua sujeição tornou-se um homem segundo o coração de Deus.
Salomão… na humildade conheceu a honra, mas ao ceder ao orgulho vivenciou a queda e a loucura.
Hamã… o seu orgulho, adquiriu status que o conduziu à forca dos covardes e manipuladores.
Ester… na humildade, submeteu-se à orientação de Deus por meio de Mordecai e veio a ser instrumento de libertação de um povo.
Daniel… com toda a sua juventude, optou pela humildade e tornou-se sábio e profeta da revelação dos mistérios de Deus.
Jeremias… na humilde confiança em Deus tornou-se o mensageiro da restauração de Judá.
Isaías… na obediência humilde e pública tornou-se o profeta da salvação.
Oséias… na sua sujeição veio a ser o proclamador encarnado da compaixão de Deus.
Jó… enquanto cedia ao orgulho discutia com Deus e experimentou a angústia de sua pequenez e finitude. Mas, ao humilhar-se conheceu a prosperidade que procede de Deus.
João Batista… em sua humildade foi reconhecido como “o maior” dentre os nascidos de mulher.
Herodes (dos dias de João Batista)… por seu orgulho experimentou o aprodrecimento do corpo e da alma.
Nicodemos… apesar do seu status social, optou pela humildade ao ir ao encontro de Jesus. Acabou por descobrir o novo nascimento, para a vida eternal.
Judas Iscariotes… na opção pelo orgulho, vendeu o amigo e a própria alma, e não suportou o juízo da própria consciência.
Simão Pedro… pela humildade, chorou o choro do arrependimento e tornou-se um pastor comissionado por Jesus para cuidar do Seu rebanho, e ainda veio a ser considerado “coluna” da igreja de Cristo.
Ananias e sua mulher, Safira… por orgulho – fruto da inveja – amargaram o juízo de Deus e a própria morte.
Paulo… ao abrir mão do orgulho social, politico e religioso, tornou-se um humilde discípulo de Jesus, e daí foi transformado no apóstolo de Deus para todas as nações.
Por orgulho, Israel – o povo - desobedeceu ao chamado para ser testemunha do Reino de Deus às nações, e por isso foi enviado para o “banco de reservas”.
Na humildade e submissão nasceu a Igreja, estabelecida para ser o Corpo de Cristo. Por isso foi colocada – nEle – nas regiões espirituais, acima de principados e potestades.
No seu orgulho, Satanás foi permanentemente excluído do Céu, do gozo da glória de Deus, e condenado às trevas até que venha o seu fim: é o inimigo de Deus!
Em total humildade, Jesus – Jeová Filho – tornou-se homem, fez-se servo de todos, em tudo foi obediente a Deus. Por isso Deus o exaltou e concedeu-lhe o Nome que está acima de todo nome e o fez Rei dos reis e Senhor dos senhores. Diante dele todo joelho se dobrará na terra e nos céus.
Encontramo-nos, todos os dias, diante de uma verdadeira “encruzilhada” ao longo dos caminhos da vida: um caminho tem como a porta de entrada o “orgulho”, e quem entrar por ele encontrará, mais cedo ou mais tarde, a ruína, a queda. O outro caminho tem a “humildade” como porta de entrada, e quem por ela passar, no momento apropriado, encontrará a honra, a devida prosperidade segundo Deus. Assim, é importante considerar aonde se deseja chegar e optar pela porta apropriada.
Numa sociedade individualista, materialista e imediatista, infelizmente, são poucos os que tem a coragem de optar pelos caminhos da humildade. No afà de conquistar aplausos, fama, riqueza, notoriedade e poder, muitos acabam por entregarem-se a sedução sutil e interior do orgulho e da autosuficiência. Alimentam-se de banquetes ilusórios e nada satisfatórios para sua subsistência, nem tampouco duradouros.
Certamente sofrimento, angústias, crises, quebrantamento e abnegação serão etapas inevitáveis desta jornada. No entanto, este é o caminho do sucesso segundo Deus. Essa é a trilha da virtude cristã. É por esta porta que passam os que seguem a justiça do Reino de Deus. Esse é o caminho dos bem-aventurados, aqueles “mais que felizes” nas palavras de Jesus. Essa é a condição para quem deseja experimentar a vida abundante norteada por fé, esperança e amor.
Então, aqui estamos nós… Ali está a encruzilhada… Estamos diante destas duas possibilidades… Só podemos passar por uma porta. Só nos basta escolher, entrar… e caminhar.
“Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus,
para que ele os exalte no tempo devido!” (I Pe. 5:6)
Feliz jornada!
Paz e muita alegria!
Celso Tavares
celtav@gmail.com
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