segunda-feira, 31 de agosto de 2009

TU ÉS UM DEUS SANTO

"COMUNHÃO, COMUNIDADE E COMIDA"


Três palavras deliciosas! A comunhão gera unidade, edificação e terapia. A comunidade gera abrigo, relacionamentos, aceitação e serviço. A comida... ah, a comida... Esta gera confratenização, prazer, nutrição e muita, muita oportunidade de companheirismo e conversa.

A comunhão nos propõe compartilhar os fardos, as angústias, a oração, a adoração e os vínculos existenciais. A comunidade, por outro lado, nos convida a praticar a convivência alinhando os propósitos e comungando os valores. A comida... ah, a comida... Ela nos sugere compartilhar o "pão": a presença, o alimento e as panelas.

A comunhão toca profundamente os nossos princípios e anseios espirituais, e ainda nos faz crescer na virtude do amor. A comunidade propicia alívio e restauração para a alma, é um verdadeiro vigor para a nossa fé. A comida... ah, a comida... Ela fomenta festa: lança no ar o convite para celebração, a celebração da esperança: há um banquete nos aguardando na eternidade, bem ali ao lado do Cordeiro de Deus.

A comunhão começa a se manifestar no nosso coração. A comunidade toma forma na caminhada em parceria e nos encontros circunstanciais. A comida... ah, a comida... Esta surge nos fogões e se faz presente, completamente, ao redor da mesa. Não foi por acaso que Jesus gostou tanto de compartilhar o seu coração neste "lugar estratégico"- ao redor da mesa.

Pois é. Deus nos chama para viver em comunhão, com Ele e com os outros. Deus estabeleceu a igreja para, antes de mais nada, "ser" uma comunidade. E Deus ainda propiciou através da comunidade a oportunidade de planejarmos, produzirmos e deliciarmos juntos a prazerosa bênção chamada "comida".

Por isso é que a Ceia sagrada é comida que alimenta o corpo, a alma e o espírito. É bom participarmos da celebração litúrgica e simbólica da ceia. Mas, melhor ainda é participar de uma ceia quando ela vem rodeada de comunhão, comunidade e comida.

É isso que estaremos fazendo neste domingo, dia 6 de setembro: iremos juntar as panelas, e compartilhar a comida, fazendo isso em comunidade e saboreando a graça da comunhão.

Portanto, traga a sua panela (com ou sem conteúdo) para nossa celebração ao redor da mesa. Ali mesmo na Casa da Vinha, encerraremos a reunião com essa festança.

Espero por você.

Paz e muita alegria!

Celso Tavares


terça-feira, 18 de agosto de 2009

PELO MOLDE DA MONTANHA


Vejo, diante de mim, uma linda montanha… atrativa, alongada e tortuosa.  

Por entre o verde que a colore percebo caminhos, trilhas, subidas e descidas. 

São como ondas que expressam o movimento da vida, com seus desafios, alegrias e  imprevistos.        

Nos traços que a definem, enxergo braços abertos: o que nos transmite isso?                           

Por acaso não é a Divina revelação de sua constante misericórdia,

e de seu insistente convite para os Seus braços?

 

A montanha está ali todos os dias… aparentemente estática.

Por que não nos é possível detectar nenhum tipo de movimento?

Certamente porque ela tem o propósito de, dentre outras coisas,

ser lembrança viva das singularidades de nossa existência neste mundo…

Ela não se mexe, mas, de alguma forma, há sempre algo, ou alguém, mexendo nela.

O fato de ela não se locomover não quer dizer que não tem sofrido processos de mudanças.

São os movimentos da vida que a tocam e a transformam.

 

Algumas vezes é bem assim que nos sentimos, não é verdade?

De repente ficamos perplexes diante da sensação de inércia 

e ausência de transformações em vários aspectos de nossas vidas.

No entanto, a lição da montanha nos ensina que, queiramos ou não, 

estamos sendo mudados sutilmente pelas circunstâncias que nos envolvem dia a dia.           

O mais impressionante porém é que, como declarou certo escritor cristão,

“Deus nos ama de tal forma que não se contenta em deixar-nos do jeito que queremos”.


Por isso é que nos convém celebrar os contornos através dos quais, de momento a momento,

Ele vai desenhando uma nova forma em nosso ser: Os traços de Cristo, a perfeita semelhança, vão sendo formados em nós.

Mas, como? Por que? Isso Ele o faz através dos pincéis da graça e do amor.

Deus assim o faz simplesmente porque decidiu nos amar, 

a despeito de todas as assimetrias de nossas condutas e opções.

 Louvai ao Senhor, o Criador, 

por que Ele é bom e tem feito grandes maravilhas em nós!

Paz e alegria!

Celso Tavares

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O REINO DE DEUS - Brennan Manning



Compartilhando refeições, contando histórias, curando milagrosamente, pregando, ensinando e levando uma vida de compaixão que não conhecia fronteiras, limites nem divisões sectárias, Jesus inaugrou em sua pessoa o reino de Deus.

Na conduta do próprio Jesus, despontou a nova era: a era messiânica adentrou as páginas da história. O interesse amoroso de seus discípulos, a atitude não-julgadora e o cuidado compassivo por seus irmãos e irmãs são a forma visível em que o reino de Deus se manifesta hoje. 


O que faz o reino vir é compaixão profundamente sentida. 
É como se apresenta o senhorio de Deus.


"Assim diz o SENHOR dos Exércitos:
 Administrem a verdadeira justiça,
mostrem misericórdia e compaixão 
uns para com os outros".
Zacarias 7:9

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

"FAÇA DA MINHA VIDA UMA ORAÇÃO PARA TI"

Esta é uma canção composta por Melody Green, então esposa de Keith Green. O que podemos assistir e ouvir no vídeo abaixo demonstra o espírito em chamas de um verdadeiro discípulo de Jesus. O amor de Deus pulsara de forma tão intensa no coração deles que os primeiros suspiros da canção foram traduzidos nas seguintes palavras: "Torna a minha vida numa oração a Ti: eu quero fazer aquilo que o Senhor deseja que eu faça..." Era o desejo mais ardente de sua alma: fazer de sua existência uma grande e visível manifestação da mais pura coerência existencial.

"Agora eu quero Te agradecer por ser tão paciente comigo: é tão difícil enxergar quando os meus olhos estão postos apenas em mim... Eu creio que eu tenho que confiar, e apenas crer naquilo que o Senhor disse..."  É esse o espírito de quem anseia por uma vida impregnada daquela fé que é fruto de uma comunhão plena e constante com Deus. Esse é o espírito que deve mover nossas vidas e nossas atitudes. Deus é, sem dúvida alguma, gracioso e extremamente paciente conosco. Isso é bom e deve nos desafiar a aprofundar nossa devoção e nosso amor por Ele.

"Eu quero resplander a luz que o Senhor me concedeu através do Seu filho, que o Senhor enviou para nos salvar de nós mesmos e do nosso desespero - Isso me conforta: saber que o Senhor está aí... Eu quero morrer e deixar que o Senhor dê a Sua vida a mim de tal forma que, assim, eu possa realmente viver e compartilhar a esperança que o Senhor me deu: o amor que me liberta!" Isso é consciência da obra de Deus em Cristo, e declaração de convicção e compromisso missionais.

Então, fica aí, a partir dessa canção, o estímulo para fazermos de nossa existência um verdadeiro derramar... aos pés do Altíssimo em devoção, e na direção das pessoas em total manifestação de amor e compaixão.

Paz e alegria!

Celso Tavares
pastor - vineyard bh


sábado, 1 de agosto de 2009

HONRA A QUEM MERECE... MESMO QUE TENHA PARTIDO

"Lembrem dos seu primeiros líderes espirituais, que anunciaram a mensagem de Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fé que eles tinham...
Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre das necessidades espirituais de vocês porque sabem que vão prestar contas disso a Deus. 
Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com alegria; 
mas, se vocês não obedecerem, eles trabalharão com tristeza, 
e isso não ajudará vocês em nada." (Hebreus 13:7,17)
Há poucos instantes abri minha caixa postal para ler os e-mails mais recentes e deparei-me com a triste notícia do falecimento do querido Pr. Nilton Baro, que foi pastor da Comunidade Vineyard de Bauru (uma das primeiras comunidades do Movimento no Brasil). É difícil colocar em palavras a dor e a tristeza que me visitaram naquele momento. Mas, doeu! Há menos de duas semanas estive visitando-o no hospital em Bauru e orando por seu restabelecimento, bem como pelo ânimo de sua familia. Agora, estou diante da resposta de Deus: uma cura definitiva. Melhor para ele, mais doloroso para a família que fica.

No comunicado que o Milton, pastor da Vineyard de Piratininga e genro do Pr. Nilton, nos enviou, havia palavras como pastor, amigo, mentor etc... Termos fortes! Estes termos me fizeram pensar, naquele momento, como é prazeroso ver alguém honrar uma pessoa que merece honra. Eu - assim como várias outras pessoas que conheceram, até mais do que eu, o Pr. Nilton - posso confirmar a singeleza, simplicidade e sinceridade de fé e de conduta daquele homem. Mas, o que foi escrito pelo Milton, poucas pessoas podem fazer: ele foi "guiado" nos caminhos de Deus pela instrumentalidade do Pr. Nilton. Como escreveu o escritor de Hebreus, ele foi um "guia" na vida do Milton (a versão acima traduziu "guia" por "líder").

Quero aqui expressar nesta ocasião dois sentimentos: primeiro, o de solidariedade com o Milton, Érika e as crianças, a Dora, a Maressa, o Paulo e a Greta, a Michele e o Márcio, e à Comunidade de Bauru que também perde e toda perda implica em dor. Comungo desse momento de tristeza com minhas lágrimas e orações. Espero que nossa cumplicidade de família Cristã chegue à vocês com o significado de consolo, força e companheirismo. Em palavras, ou em silêncio, a nossa presença caminha junto com vocês!

Segundo, quero expressar aqui a oportunidade de aprendizado para a nossa comunidade e para os leitores que por aqui passarem: desde minha adolescência aprendi a honrar os meus "guias". Quando me "converti" à fé evangélica, tive um bom papo com o meu padre imediato -  "Zé Maria" -, alguém que me ouviu, me entendeu e sempre estimulou minha vocação. Depois, tive dois pastores amigos, formadores, referenciais e guias: os pastores Elmiro, da Memorial, e  Jeremias, da Oitava. Mesmo quando fui me desligar de suas comunidades, eu o fiz consultando a ambos, e expressando minha estima, honestidade, meu respeito e disposição para honrá-los sempre, e agradecendo pelos ensinos que compartilharam comigo que tem ajudado a me fazer quem sou - embora não seja ainda o que gostaria. Mas, o negócio é que eles foram guias muito especiais em minha caminhada e, como tenho feito, diante deles e do mundo, pretendo honrá-los sempre. 

Quando o Rev. Antonio Elias, ex-pastor da Igreja Presbiteriana de Niteroi-RJ, faleceu, solidarizei-me com o Pr. Jeremias, por saber de sua dor e, na ocasião, disse-lhe que muito do que ouvi e assimilei dos ensinos do Rev. Antonio Elias, só havia chegado a mim, inclusive a amizade, graças ao caminho no qual ele - Jeremias - havia me guiado. É imprescindível que louvemos de forma prática a graça visível de Deus ministrada a nós através do cuidado pastoral.

Possivelmente, os nomes que citei acima não foram os últimos líderes com os quais convivi, mas foram os primeiros.  Mas, o que encorajo a todos é que aprendamos a honrar os que estão entre nós, batalhando na fé por nós, a fim de que experimentem alegria para continuar nos guiando até ao dia quando o Pai os chamar para o lar eterno.  Posso dizer, com toda sinceridade que essa "vocação" não se trata de profissionalismo ou oportunismo, é autodoação mesmo! É a maneira mais próxima que, como pastores,  temos para tentarmos ser Jesus aos que O seguem através de nossas pisadas.

Paz ao nosso coração e alegria a todo ser vivente!

Celso Tavares