sábado, 1 de agosto de 2009

HONRA A QUEM MERECE... MESMO QUE TENHA PARTIDO

"Lembrem dos seu primeiros líderes espirituais, que anunciaram a mensagem de Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fé que eles tinham...
Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre das necessidades espirituais de vocês porque sabem que vão prestar contas disso a Deus. 
Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com alegria; 
mas, se vocês não obedecerem, eles trabalharão com tristeza, 
e isso não ajudará vocês em nada." (Hebreus 13:7,17)
Há poucos instantes abri minha caixa postal para ler os e-mails mais recentes e deparei-me com a triste notícia do falecimento do querido Pr. Nilton Baro, que foi pastor da Comunidade Vineyard de Bauru (uma das primeiras comunidades do Movimento no Brasil). É difícil colocar em palavras a dor e a tristeza que me visitaram naquele momento. Mas, doeu! Há menos de duas semanas estive visitando-o no hospital em Bauru e orando por seu restabelecimento, bem como pelo ânimo de sua familia. Agora, estou diante da resposta de Deus: uma cura definitiva. Melhor para ele, mais doloroso para a família que fica.

No comunicado que o Milton, pastor da Vineyard de Piratininga e genro do Pr. Nilton, nos enviou, havia palavras como pastor, amigo, mentor etc... Termos fortes! Estes termos me fizeram pensar, naquele momento, como é prazeroso ver alguém honrar uma pessoa que merece honra. Eu - assim como várias outras pessoas que conheceram, até mais do que eu, o Pr. Nilton - posso confirmar a singeleza, simplicidade e sinceridade de fé e de conduta daquele homem. Mas, o que foi escrito pelo Milton, poucas pessoas podem fazer: ele foi "guiado" nos caminhos de Deus pela instrumentalidade do Pr. Nilton. Como escreveu o escritor de Hebreus, ele foi um "guia" na vida do Milton (a versão acima traduziu "guia" por "líder").

Quero aqui expressar nesta ocasião dois sentimentos: primeiro, o de solidariedade com o Milton, Érika e as crianças, a Dora, a Maressa, o Paulo e a Greta, a Michele e o Márcio, e à Comunidade de Bauru que também perde e toda perda implica em dor. Comungo desse momento de tristeza com minhas lágrimas e orações. Espero que nossa cumplicidade de família Cristã chegue à vocês com o significado de consolo, força e companheirismo. Em palavras, ou em silêncio, a nossa presença caminha junto com vocês!

Segundo, quero expressar aqui a oportunidade de aprendizado para a nossa comunidade e para os leitores que por aqui passarem: desde minha adolescência aprendi a honrar os meus "guias". Quando me "converti" à fé evangélica, tive um bom papo com o meu padre imediato -  "Zé Maria" -, alguém que me ouviu, me entendeu e sempre estimulou minha vocação. Depois, tive dois pastores amigos, formadores, referenciais e guias: os pastores Elmiro, da Memorial, e  Jeremias, da Oitava. Mesmo quando fui me desligar de suas comunidades, eu o fiz consultando a ambos, e expressando minha estima, honestidade, meu respeito e disposição para honrá-los sempre, e agradecendo pelos ensinos que compartilharam comigo que tem ajudado a me fazer quem sou - embora não seja ainda o que gostaria. Mas, o negócio é que eles foram guias muito especiais em minha caminhada e, como tenho feito, diante deles e do mundo, pretendo honrá-los sempre. 

Quando o Rev. Antonio Elias, ex-pastor da Igreja Presbiteriana de Niteroi-RJ, faleceu, solidarizei-me com o Pr. Jeremias, por saber de sua dor e, na ocasião, disse-lhe que muito do que ouvi e assimilei dos ensinos do Rev. Antonio Elias, só havia chegado a mim, inclusive a amizade, graças ao caminho no qual ele - Jeremias - havia me guiado. É imprescindível que louvemos de forma prática a graça visível de Deus ministrada a nós através do cuidado pastoral.

Possivelmente, os nomes que citei acima não foram os últimos líderes com os quais convivi, mas foram os primeiros.  Mas, o que encorajo a todos é que aprendamos a honrar os que estão entre nós, batalhando na fé por nós, a fim de que experimentem alegria para continuar nos guiando até ao dia quando o Pai os chamar para o lar eterno.  Posso dizer, com toda sinceridade que essa "vocação" não se trata de profissionalismo ou oportunismo, é autodoação mesmo! É a maneira mais próxima que, como pastores,  temos para tentarmos ser Jesus aos que O seguem através de nossas pisadas.

Paz ao nosso coração e alegria a todo ser vivente!

Celso Tavares 

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