terça-feira, 18 de agosto de 2009

PELO MOLDE DA MONTANHA


Vejo, diante de mim, uma linda montanha… atrativa, alongada e tortuosa.  

Por entre o verde que a colore percebo caminhos, trilhas, subidas e descidas. 

São como ondas que expressam o movimento da vida, com seus desafios, alegrias e  imprevistos.        

Nos traços que a definem, enxergo braços abertos: o que nos transmite isso?                           

Por acaso não é a Divina revelação de sua constante misericórdia,

e de seu insistente convite para os Seus braços?

 

A montanha está ali todos os dias… aparentemente estática.

Por que não nos é possível detectar nenhum tipo de movimento?

Certamente porque ela tem o propósito de, dentre outras coisas,

ser lembrança viva das singularidades de nossa existência neste mundo…

Ela não se mexe, mas, de alguma forma, há sempre algo, ou alguém, mexendo nela.

O fato de ela não se locomover não quer dizer que não tem sofrido processos de mudanças.

São os movimentos da vida que a tocam e a transformam.

 

Algumas vezes é bem assim que nos sentimos, não é verdade?

De repente ficamos perplexes diante da sensação de inércia 

e ausência de transformações em vários aspectos de nossas vidas.

No entanto, a lição da montanha nos ensina que, queiramos ou não, 

estamos sendo mudados sutilmente pelas circunstâncias que nos envolvem dia a dia.           

O mais impressionante porém é que, como declarou certo escritor cristão,

“Deus nos ama de tal forma que não se contenta em deixar-nos do jeito que queremos”.


Por isso é que nos convém celebrar os contornos através dos quais, de momento a momento,

Ele vai desenhando uma nova forma em nosso ser: Os traços de Cristo, a perfeita semelhança, vão sendo formados em nós.

Mas, como? Por que? Isso Ele o faz através dos pincéis da graça e do amor.

Deus assim o faz simplesmente porque decidiu nos amar, 

a despeito de todas as assimetrias de nossas condutas e opções.

 Louvai ao Senhor, o Criador, 

por que Ele é bom e tem feito grandes maravilhas em nós!

Paz e alegria!

Celso Tavares

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