Vejo, diante de mim, uma linda montanha… atrativa, alongada e tortuosa.
Por entre o verde que a colore percebo caminhos, trilhas, subidas e descidas.
São como ondas que expressam o movimento da vida, com seus desafios, alegrias e imprevistos.
Nos traços que a definem, enxergo braços abertos: o que nos transmite isso?
Por acaso não é a Divina revelação de sua constante misericórdia,
e de seu insistente convite para os Seus braços?
A montanha está ali todos os dias… aparentemente estática.
Por que não nos é possível detectar nenhum tipo de movimento?
Certamente porque ela tem o propósito de, dentre outras coisas,
ser lembrança viva das singularidades de nossa existência neste mundo…
Ela não se mexe, mas, de alguma forma, há sempre algo, ou alguém, mexendo nela.
O fato de ela não se locomover não quer dizer que não tem sofrido processos de mudanças.
São os movimentos da vida que a tocam e a transformam.
Algumas vezes é bem assim que nos sentimos, não é verdade?
De repente ficamos perplexes diante da sensação de inércia
e ausência de transformações em vários aspectos de nossas vidas.
No entanto, a lição da montanha nos ensina que, queiramos ou não,
estamos sendo mudados sutilmente pelas circunstâncias que nos envolvem dia a dia.
O mais impressionante porém é que, como declarou certo escritor cristão,
“Deus nos ama de tal forma que não se contenta em deixar-nos do jeito que queremos”.
Por isso é que nos convém celebrar os contornos através dos quais, de momento a momento,
Ele vai desenhando uma nova forma em nosso ser: Os traços de Cristo, a perfeita semelhança, vão sendo formados em nós.
Mas, como? Por que? Isso Ele o faz através dos pincéis da graça e do amor.
Deus assim o faz simplesmente porque decidiu nos amar,
a despeito de todas as assimetrias de nossas condutas e opções.
Louvai ao Senhor, o Criador,
por que Ele é bom e tem feito grandes maravilhas em nós!
Paz e alegria!
Celso Tavares
0 comentários:
Postar um comentário